Como parte da campanha "Assédio não decola", o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançaram um guia de Combate ao Assédio e à Importunação Sexual na Aviação Civil.
O material, apresentado nesta quarta-feira (21), contém informações sobre situações de assédio, acolhimento de vítimas, denúncias e como prestar apoio. O intuito da iniciativa é orientar companhias de aviação, além de profissionais, ageiros e usuários do setor.
e aqui o Guia de Combate ao Assédio no Setor da Aviação Civil.
Segundo o secretário Nacional de Aviação, Tomé Franca, a iniciativa visa promover um ambiente de trabalho mais respeitoso, saudável e propício ao desenvolvimento profissional das mulheres. Diante disso, ele destacou a importância da campanha. “Vamos levar essa campanha para todos os aeroportos, para todas as companhias aéreas e associações do setor, para que mais mulheres possam atuar com segurança em ambientes que respeitem suas identidades”, disse.
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Para o ministro Silvio Costa Filho, a campanha desempenha um trabalho "educativo e pedagógico". O intuito, segundo o chefe da Pasta, é fazer com que as empresas – sejam aeroportuárias ou da aviação civil – absorvam a ideia da valorização das mulheres. “O objetivo é promover ambientes mais seguros”, afirmou.
Durante o evento de lançamento do guia, que ocorreu no Aeroporto de Brasília, também foi assinado o manifesto “He for She”, dentro de uma campanha promovida pela ONU Mulheres.
Nesse caso, o intuito é mobilizar homens como aliados pela igualdade de gênero e violência contra as mulheres.
Na ocasião, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, frisou a importância de transformar estruturas historicamente marcadas por machismo, racismo e outras formas de opressão, reforçando que essa mudança exige coragem e comprometimento. “Assédio não decola tem que estar presente, tem que estar na boca de todo o povo brasileiro, começando pelas crianças e adolescentes”, disse a ministra.
A quantidade de ageiros que utilizaram o transporte aéreo nos quatro primeiros meses de 2025 no Brasil já é 4% maior do que a verificada no período pré-pandemia, ou seja, em 2019. O dado consta no Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Para o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a tendência é que, até dezembro deste ano, a movimentação nos aeroportos do país ultrae 123 milhões de ageiros – o que renderia a melhor marca da história.
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Segundo o ministro Sílvio Costa Filho, esse desempenho positivo também serve para medir o desenvolvimento da economia do país, já que demonstra que o brasileiro adquiriu maior capacidade financeira para viajar, seja internamente ou para fora do Brasil. “Estamos com o menor índice de desemprego da história. Contrariando os pessimistas, teremos novamente um PIB crescendo acima de 2%. No setor portuário, estamos modernizando nossos aeroportos, ampliando o bem-estar dos ageiros, preparando nossas cidades para o desenvolvimento econômico previsto para os próximos anos”, destaca.
O crescimento do número de ageiros neste início de ano já era verificado em análise sobre os voos internacionais, que chegaram a 9,5 milhões de ageiros até abril. O resultado representa um aumento de 15% na comparação com 2019.
A evolução também foi notada em relação aos voos domésticos, que registraram um salto de 0,7% frente ao período pré-pandemia. Nesse caso, o total de pessoas transportadas em quatro meses chegou a 31,6 milhões.
Em abril deste ano, a movimentação de ageiros contou com 7,9 milhões de ageiros processados no mercado doméstico e 2,1 milhões no mercado internacional. Ou seja, um total de aproximadamente 10 milhões. O resultado corresponde a um salto de 9,6% em relação ao mesmo período do ano ado.
Quanto ao mercado internacional, foi a primeira vez que o setor superou 2 milhões de ageiros no quarto mês do ano, desde o início da série histórica, em janeiro de 2000.
Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, o mês de abril foi marcado pelo expressivo crescimento do fluxo internacional. Para ele, esse quadro mostra como o setor tem evoluído. “É inconteste que a aviação civil brasileira segue em crescimento dentro e fora do país, o que nos anima a trabalhar por mais infraestrutura e apoio ao setor”, avalia.
O levantamento também apresentou números relacionados à movimentação de carga aérea nos quatro primeiros meses do ano. Nesse período, o total registrado foi de 437 mil toneladas. O volume está acima do registrado antes da pandemia – quando a quantidade foi de 386 mil toneladas.
Em abril de 2025, o volume transportado nos voos internacionais chegou a 74,8 mil toneladas, ou seja, um aumento de 4,4% na comparação com o mesmo mês do ano ado. Já a movimentação de carga doméstica atingiu 35,9 mil toneladas, o que revela um recuo de 12,5% em relação ao total movimentado em abril de 2024.
A iniciativa oferece agens aéreas de até R$ 200 a aposentados do INSS
Criado no final de julho do ano ado, o programa Voa Brasil já atingiu o número de 40 mil reservas efetuadas pelos beneficiários. A iniciativa oferece agens aéreas de até R$ 200 a aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), essa quantidade de reservas seria suficiente para lotar 300 aeronaves ao longo desse período. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, trata-se de um programa de inserção social, que visa dar dignidade aos aposentados do país.
“São pessoas que não utilizavam há pelo menos 12 meses, ou nunca utilizaram o transporte aéreo e tiveram a oportunidade de viajar pelo país, rever parentes, fazer turismo a um preço mais ível”, destaca o ministro.
Entre os beneficiários está Dona Magali Procópio, de 72 anos, aposentada, moradora de Minas Gerais. Juntamente com seu esposo, Nivaldo Barbosa, de 74 anos, viajou de Belo Horizonte para Brasília. Ela conta que, com a ajuda de um sobrinho, conseguiu ter o às agens, o que considerou uma boa experiência. “Ele encontrou os melhores horários, vindo às 8h30min e retornando, dia 13, às 10h30min. Foi muito tranquilo. Vale a pena mesmo. Já falei para várias pessoas tentarem, porque é fácil de conseguir. É muito legal”, relata.
O secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, reforça que o programa é um relevante instrumento da política de inserção de novos ageiros no modal aéreo.
"São mais pessoas voando, descobrindo nosso Brasil, se reencontrando com familiares e amigos, fortalecendo laços e entrando no mercado da aviação. É um programa que mostra a disposição do Governo Federal em trabalhar para que mais pessoas possam ter o a agens aéreas. Comemoramos todos os meses o aumento de mais brasileiros viajando e esperamos fechar o ano com um aumento de 4,4% no número de ageiros processados em comparação com o ano ado", pontua.
O programa Voa Brasil não utiliza recursos públicos. A iniciativa conta com a parceria das empresas aéreas, que disponibilizam vagas ociosas em datas, horários ou períodos de pouca demanda.
Em quase 10 meses de vigência do programa, os principais destinos dos aposentados estão concentrados nas regiões Sudeste e Nordeste, com 42,5% e 40% das reservas, respectivamente. Entre as cidades, o destaque é para São Paulo, que lidera o ranking.
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No total, o programa movimentou aeroportos de 84 cidades. Na avaliação do ministro Silvio Costa Filho, a medida também contribui para o fortalecimento da aviação regional.
As agens são comercializadas exclusivamente pelo www.gov.br/voabrasil. Não há necessidade de cadastro ou pagamento de taxas. A única restrição é que o aposentado não tenha utilizado o transporte aéreo nos últimos 12 meses.
Após a escolha da data e do destino, o beneficiado é direcionado para o site da companhia aérea, onde finaliza o processo de compra.
Com o intuito de avançar em projetos que visam descarbonizar o setor aéreo, o ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Silvio Costa Filho, assinou na segunda-feira (12) um Memorando de Entendimento para ações de cooperação em pesquisa e desenvolvimento de Combustível Sustentável de Aviação (SAF). A foi feita juntamente com a Universidade de Aviação Civil da China (CAFUC).
A cerimônia de ocorreu em meio à agenda da Pasta, com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, ao país asiático. O ministro Silvio Costa Filho se disse otimista com a parceria e acredita que essa relação trará muitos pontos positivos para as duas nações.
“Nós temos muita iração pela China. Sabemos da expertise, hoje, na aviação e queremos, cada vez mais, trocar experiências na área e no fortalecimento do setor. Não só nos serviços de tecnologia, de inovação, mas, sobretudo, na área do novo combustível do futuro, que é o SAF”, pontuou.
Ainda segundo o ministro, esse memorando está alinhado com os objetivos do governo no que diz respeito à descarbonização e sustentabilidade no setor aéreo. “Essa é uma das importantes agendas que temos desenvolvido nesta viagem à China, ao lado do presidente Lula”, disse.
Pelo que prevê o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, a meta é reduzir suas emissões em 1% em 2027 e ampliar a redução progressivamente até 10% em 2037.
Entre os objetivos do Memorando de Entendimento está a promoção de troca de conhecimentos, experiências e tecnologias entre os participantes. Além disso, a ideia é implementar programas conjuntos de capacitação técnica e científica para profissionais dos dois países.
Outro intuito é identificar oportunidades de financiamento e desenvolvimento de projetos conjuntos voltados à sustentabilidade na aviação civil associados à cadeira de Combustível Sustentável de Aviação.
Mais sobre infraestrutura:
Pelo lado brasileiro, o Ministério de Portos e Aeroportos conta com competências para formulação, coordenação e supervisão de políticas nacionais relacionadas ao setor de aviação civil. Já a Universidade de Aviação Civil da China é reconhecida por sua expertise técnica e científica em aviação e sustentabilidade.
Das atividades de cooperação estabelecidas no memorando, destacam-se as seguintes:
Além disso, estão previstos estudos e análises ligados ao desenvolvimento de infraestrutura e logística para produção, distribuição e comercialização de Combustível Sustentável de Aviação em aeroportos, entre outros pontos.
Ainda em cumprimento à agenda com os chineses, o ministro Silvio Costa Filho apresentou a carteira brasileira de investimentos a empresários do país asiático. Foi exposta a agenda de projetos previstos para este ano e para 2026, no que diz respeito ao setor portuário e hidroviário.
Costa Filho destacou as relações sólidas comerciais e diplomáticas entre Brasil e China e reforçou que a meta do governo nacional é realizar 60 leilões, entre 2023 e 2026. Além disso, o governo federal visa contratar cerca de R$ 30 bilhões em investimentos nos portos brasileiros.
“Precisamos aproveitar essa grande janela de oportunidades. Hoje viemos apresentar a nossa carteira de investimentos do Novo PAC. São grandes investimentos em concessões nas áreas portuária, aeroportuária e hidroviária. Mas, sobretudo, com olhar para os portos brasileiros, tendo em vista o crescimento das exportações no país”, destacou.
Na ocasião, o ministro citou o Programa de Arrendamento Portuário (PAP), que visa modernizar a infraestrutura portuária no Brasil e promover o desenvolvimento regional. Outra obra relevante mencionada pelo ministro foi o Túnel Santos-Guarujá, cujo leilão está previsto para agosto de 2025. Para esse empreendimento, o investimento previsto é de R$ 6 bilhões.
Ainda na China, Silvio Costa Filho se encontrou com gigantes da infraestrutura para reuniões bilaterais. O intuito das conversas é atrair investimentos para grandes obras no Brasil.
O ministro se reuniu com as empresas chinesas CCCC e CSCEC para apresentar detalhes do projeto para a construção do Túnel Santos-Guarujá e da carteira de leilões portuários previstos para 2025 e 2026.
“Cada vez mais o mercado asiático está observando o Brasil como a grande janela de oportunidade de investimentos. Isso é muito importante para o país, sobretudo para a agenda de desenvolvimento econômico. A gente espera para os setores portuário e hidroviário, nos próximos 10 anos, investimentos de R$ 15 bilhões”, disse o ministro após as reuniões.
A CCCC (China Communications Construction Company) foi responsável pela construção dos túneis submarinos da Baía de Dalian, de Shenzhen-Zhongshan e de Hong Kong–Zhuhai–Macau, considerado um dos projetos subaquáticos mais complexos do planeta.
Já a CSCEC (China State Construction Engineering Corporation) atua na área de construção civil e obras públicas. A companhia foi responsável pela maioria dos grandes edifícios da China.
As agendas no país asiático se somam ao roadshow que o ministro realizou pela Europa, em abril. Naquele mês, Costa Filho visitou empresas de Portugal, Holanda e Dinamarca. As companhias são especializadas em obras similares à que será realizada na construção do túnel brasileiro.
Mais um aeroporto brasileiro ou a contar com uma sala multissensorial, destinada a ageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O espaço, inaugurado nesta terça-feira (29), está situado no Natal Airport, localizado no município de São Gonçalo do Amarante (RN).
A iniciativa é do Ministério de Portos e Aeroportos em parceria com a concessionária Zurich Airport Brasil, responsável pela gestão do terminal aéreo. De acordo com a Pasta, a sala foi construída com o objetivo de reduzir o estresse provocado no ambiente do aeroporto.
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Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, 20 espaços como esse devem ser entregues até 2026. Na avaliação dele, esse tipo de iniciativa leva os aeroportos do Brasil a estarem entre os melhores do mundo.
“Todos os dias buscamos viabilizar ações que melhorem a qualidade do serviço prestado, garantam a cidadania dos ageiros e tornem a experiência de ar por um terminal de embarque em algo prazeroso”, destaca.
A sala multissensorial é um espaço exclusivo e adaptado para receber pessoas neurodivergentes - cujo cérebro funciona de forma diferente do que é considerado como padrão.
O ambiente dispõe de um design acolhedor, com iluminação controlada, mobília confortável, além de recursos lúdicos e equipamentos sensoriais que contribuem para a redução de estímulos durante a agem pelo aeroporto.
A diretora de Planejamento e Fomento da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Júlia Lopes, lembra que a instalação da sala multissensorial em abril tem uma relevante representatividade, pois trata-se do mês dedicado à conscientização sobre o autismo.
“Além de Natal, Recife teve seu espaço entregue no início do mês e estas duas salas somam-se às já existentes nos aeroportos de Vitória (ES), Florianópolis (SC), Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), demonstrando que o governo federal tem se esforçado para tornar nossos terminais cada vez mais íveis”, pontua.
A sala multissensorial do Natal Airport está localizada na área de embarque, com o controlado mediante solicitação. O objetivo é proporcionar alívio e bem-estar para esse público em relação aos estímulos externos já que, para eles, situações que parecem rotineiras à maioria dos ageiros são fontes de estresse intenso e podem desencadear crises.
A Pasta reforça que, entre esses fatores, estão avisos sonoros, movimentação intensa de pessoas no terminal, barulho de malas de rodinhas, telas informativas e luzes de maior intensidade.
Em relação ao mercado doméstico, houve um aumento de 6% na movimentação
Em março de 2025, mais de 10,2 milhões de pessoas utilizaram a aviação comercial em viagens nacionais e internacionais. Essa marca representa um salto de 8% em relação ao mesmo período do ano ado. O resultado — apontado como um recorde — foi divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Ministério de Portos e Aeroportos. Os dados fazem parte do Relatório de Demanda e Oferta, apresentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em relação ao mercado doméstico, houve um aumento de 6% na movimentação, o que representa 7,9 milhões de viajantes. Quanto ao mercado internacional, o cenário foi ainda mais positivo, com uma elevação de 15,5%, devido a embarques ou desembarques de 2,3 milhões de ageiros.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o modal tem apresentado uma evolução significativa, o que tem gerado benefícios para a economia do país, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda.
“Os números são excepcionais e reforçam que o setor aéreo tem crescido de acordo com a economia do país. O resultado representa um acréscimo de quase 800 mil turistas na aviação apenas no mês de março. Se considerarmos os dados do primeiro trimestre, são 2,3 milhões de viajantes a mais inseridos na aviação brasileira. Isso representa mais emprego, desenvolvimento econômico das cidades e aumento da renda do nosso povo”, destacou.
Para o Secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, os resultados mostram que o setor tem contribuído para o crescimento econômico do país, o que está diretamente relacionado aos investimentos públicos federais realizados nos últimos dois anos.
“São números animadores, que atestam não só a economia brasileira aquecida, como também refletem os investimentos que o Governo Federal vem realizando na aviação civil, com a recuperação de aeroportos e melhorias na infraestrutura do setor. Temos mais brasileiros voando, mais cargas sendo transportadas e maior oferta de assentos, o que gera mais empregos, renda e oportunidades para os brasileiros”, pontuou.
De acordo com o levantamento, desde outubro de 2023, a quantidade de ageiros transportados nesse segmento tem alcançado patamares históricos, com recordes registrados mês a mês, desde julho de 2024.
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Em março deste ano, o número de decolagens ultraou a marca de 13,3 mil. Trata-se da melhor marca para o mês desde o início da série histórica, em 2000. O resultado corresponde a um acréscimo de 15% em relação a março de 2024.
Os dados mostram ainda que as rotas internacionais mais operadas em março se concentraram na América do Sul. Entre as 10 principais, 8 estão localizadas no subcontinente.
A rota Guarulhos–Buenos Aires, na Argentina, foi a que registrou o maior fluxo no terceiro mês de 2025, com 746 voos realizados. Na sequência, estão Santiago–Guarulhos, Galeão–Buenos Aires, Santiago–Galeão e novamente Galeão–Buenos Aires.
O transporte de cargas também apresentou o melhor resultado do modal aéreo para um mês de março nos últimos 25 anos – impulsionado pelo mercado internacional.
Ao todo, foram movimentadas 116 mil toneladas. Desse total, 77,3 mil toneladas foram destinadas ao exterior, ou seja, um aumento de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano ado. O indicador apresenta variação positiva há 12 meses consecutivos.
Para quem esperava um bom motivo para arrumar as malas e cair na estrada — ou melhor, nos céus — abril chegou com presente duplo. A combinação dos feriados da Semana Santa e de Tiradentes vai formar um raro feriadão estendido e o turismo nacional já sente os ventos favoráveis. Entre os dias 17 e 21 de abril, companhias aéreas como Azul, GOL e LATAM vão operar 288 voos extras, com mais de 35 mil novos assentos disponíveis.
O destino mais disputado? O Nordeste, é claro — com sua mistura irresistível de sol, mar e cultura. Mas não são apenas os que buscam descanso que vão embarcar: o período também atrai devotos e fiéis em busca de cidades com forte tradição religiosa, como Juazeiro do Norte (CE), que deve receber milhares de visitantes durante a Semana Santa.
A Azul lidera a expansão, com 121 voos adicionais para cidades como Recife, Natal, Maceió e Fortaleza. A LATAM reforça sua operação com 76 voos extras, mirando destinos como Florianópolis, João Pessoa e Aracaju. Já a GOL vai adicionar 80 novas rotas, incluindo Salvador, Vitória e Goiânia na lista.
A Inframerica, concessionária que istra o aeroporto de Brasília, maior hub do país, estima que entre os dias 16 e 22 de abril circulem pelo terminal aproximadamente 285 mil ageiros. Para atender à demanda, as companhias aéreas pediram 19 voos extras, que somarão, nos dias de feriado, cerca de 2 mil pousos e decolagens.
istrados pela concessionária Aena, os aeroportos de Recife, Maceió e João Pessoa esperam movimentação extra no feriado. Segundo a Aena, a capital pernambucana tem 1.138 voos previstos e 182.194 assentos ofertados. Na capital de Alagoas serão 300 pousos e decolagens, com uma oferta de 52.208 assentos. Já em João Pessoa, arão 182 voos com 32.648 ageiros.
Recordista de voos no país, o aeroporto de Guarulhos deve receber, de quinta a segunda, 700 mil ageiros. Desses, 440 mil devem embarcar em voos domésticos, como para Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. Outros 260 mil ageiros devem circular pelo terminal, conectando-se a 54 destinos ao redor do mundo, entre eles Santiago, Buenos Aires e Madrid.
No Rio de Janeiro o feriado vai durar ainda mais — 6 dias no total — por conta do feriado de São Jorge, na quarta-feira (23). Sendo assim, o aeroporto Tom Jobim, istrado pelo RIOGaleão, deve ter uma movimentação de 364 mil ageiros embarcando e desembarcando em 2.293 voos.
O principal aeroporto do sul do Brasil, de Porto Alegre, terá 449 voos durante o feriado prolongado, sendo 8 extras. A movimentação de ageiros por lá deve chegar a 57.673. Turistas que ficam na capital ou seguem para destinos da serra, como Gramado e Bento Gonçalves.
Em todos os aeroportos do país, as concessionárias orientam os ageiros a chegarem ao aeroporto com antecedência de, no mínimo, duas horas para voos nacionais e três para internacionais. Eles também reforçam o uso de aplicativos das companhias aéreas para facilitar o check-in. Além disso, é importante que o ageiro fique atento ao status dos voos nos monitores espalhados pelos terminais.
As obras do Aeroporto de Guarujá (SP) tiveram a primeira fase concluída na segunda-feira (14). Nesta etapa, foram realizadas reformas e a adequação da pista de pouso e decolagem, que agora conta com 1.390 metros de comprimento e 45 metros de largura. As pistas A, B e C de taxiamento e o sistema de drenagem do aeroporto também aram por reparos. Além disso, as obras da cerca operacional foram finalizadas.
O investimento – feito com recursos do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) – chegou a R$ 20,9 milhões. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, essa entrega representa a realização de um "sonho", já que a população aguardava por esse momento há mais de 15 anos.
Na avaliação de Costa Filho, o empreendimento vai garantir a retomada do turismo na cidade e na região. “Temos a materialização de um sonho. Entregamos essa primeira etapa do aeroporto, com investimentos de mais de R$ 20 milhões. O aeroporto vai estar pronto para receber aviões de todo o país para que a gente possa avançar no fortalecimento dessa região, que para mim é uma das mais bonitas do Brasil”, pontuou.
Em meio à cerimônia de entrega desta fase da obra, Silvio Costa Filho assinou a ordem de serviço para a segunda etapa do projeto. O investimento deve chegar a quase R$ 4 milhões. Os recursos serão aplicados na continuidade das obras de estruturação do aeródromo. "Vamos deixá-lo pronto para receber os ageiros que vêm para turismo, que vêm para conhecer o Porto de Santos e investir na região", destacou o ministro.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, no momento, já estão em andamento as obras no terminal de ageiros, nas áreas de circulação externa, nas salas de embarque e desembarque, no saguão, banheiros e balcões de check-in.
Para o secretário Nacional de Aviação, Tomé Franca, as obras estão bem executadas e essa entrega contribui para alavancar a economia local. "Sem dúvida, essa nova infraestrutura vai potencializar a economia e impulsionar ainda mais e catalisar mais desenvolvimento econômico e social para o povo da Baixada Santista", afirmou.
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O aeroporto é situado na Base Aérea de Santos, em Vicente de Carvalho, Guarujá. Vale destacar que o local deve atender somente a aviação doméstica regular. A Infraero é a empresa responsável por realizar a gestão operacional e aeroportuária da infraestrutura.
O ministro Sílvio Costa Filho aproveitou a oportunidade para destacar a importância do fortalecimento da infraestrutura do Porto de Santos, considerado estratégico para o desenvolvimento do país.
"É um porto que gera emprego, gera renda, movimenta a economia. É fundamental o fortalecimento do Porto de Santos. E sob a liderança do presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, nós vamos fazer um volume de investimentos na ordem de mais de R$ 15 bilhões no Porto”, disse.
“Vamos fazer o túnel Santos-Guarujá, depois de 100 anos de espera por essa obra, e agora em agosto vai ser dada a ordem de serviço para ajudar na mobilidade urbana e ajudar no fluxo e na interação entre Santos e Guarujá, que é fundamental para o desenvolvimento do turismo”, complementou o ministro.
Silvio Costa Filho também participou, na segunda-feira (14), do 1º Encontro Porto & Mar 2025. O evento foi promovido pelo Grupo Tribuna, na Câmara Municipal de Santos. Na ocasião, foi apresentado o planejamento logístico de transportes elaborado pela equipe do Ministério de Portos e Aeroportos.
"Estamos fazendo as entregas que o Porto precisa, materializando resultados com a concessão da dragagem, o túnel Santos-Guarujá, a Tecon Santos 10 e as audiências públicas para ampliação do Porto. Ou seja, estamos pensando nos próximos 20 anos. Isso tudo para estimular o crescimento e, sobretudo, o emprego e renda do povo brasileiro”, considerou o ministro.
Também foi dado destaque para o crescimento apresentado pelo modal portuário nos últimos dois anos. Para Costa Filho, o maior pacote de concessão de terminais portuários, que conta com uma estimativa de 44 empreendimentos leiloados, vai promover uma evolução no setor maior do que a observada atualmente.
Com o objetivo de melhorar o atendimento a pessoas com deficiência no transporte aéreo, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) está realizando uma pesquisa sobre ibilidade na aviação civil.
A ideia é coletar sugestões e críticas desses usuários e, a partir dos resultados, buscar dar mais segurança e qualidade na prestação de serviços, desde o momento da aquisição da agem até o destino final. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar).
As sugestões já apresentadas revelam a necessidade de ampliar o uso de tecnologia para pessoas com deficiência, com a melhoria da ibilidade, a começar nos sites e aplicativos das companhias aéreas.
Segundo Karla Santos, coordenadora do projeto Aviação ível, o intuito é compreender as principais barreiras existentes para os ageiros com deficiência. “A partir daí, a ideia é trabalhar diretrizes junto aos aeroportos e às companhias aéreas para tentar reduzir os problemas detectados”, destaca.
No caso de pessoas surdas, por exemplo, há relatos de problemas no momento do embarque e inclusive dentro das aeronaves, diante da dificuldade de compreensão das recomendações readas pelos tripulantes.
Urçula Lourema de Sousa, de 33 anos, moradora de Independência, no Ceará, é portadora de atrofia muscular espinhal tipo II e faz uso de cadeira de rodas. Ela conta que, das vezes que precisou viajar de avião, não encontrou problemas de deslocamento nos aeroportos, mas relata dificuldades relacionadas aos assentos das aeronaves, por exemplo, por considerá-los desconfortáveis.
Diante disso, Urçula afirma que a pesquisa é importante e pode contribuir para mudar essa realidade na vida dela. “É extremamente importante, ao menos para mim, que tenho escoliose e acabo sentindo dores, pois assim poderemos viajar com mais segurança, conforto e com mais assistência, de acordo com cada necessidade do ageiro. Facilitaria bastante o nosso ir e vir durante as viagens”, afirma.
Durante a pesquisa, que utiliza uma escala de 1 a 5, o participante faz uma avaliação da relevância das práticas de ibilidade apresentadas. Ao todo, são 89 itens. Os usuários também dão opinião sobre a efetividade daquelas práticas com as quais ele teve experiência durante as viagens.
Para participar da pesquisa, basta ar a plataforma Participa + Brasil. Outra possibilidade é ar o site do projeto Aviação ível.
Até o momento, entre as práticas mais relevantes, foram apontadas a “capacitação dos trabalhadores para atendimento de pessoas com deficiência” e a “disponibilização dos recursos de ibilidade”.
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Em relação às experiências com práticas durante a viagem, as melhores avaliadas foram, no caso dos aeroportos, a utilização de “ponte de o para embarque e desembarque ível”. Já no caso das companhias aéreas, foram os “programas de visitas para familiarização com o ambiente e com os procedimentos que são realizados durante uma viagem aérea”.
Por meio do site do projeto, também é possível ar o Manual de ibilidade para a Aviação Civil Brasileira. O documento é composto por diretrizes, além de detalhes sobre práticas de ibilidade avaliadas na pesquisa.
Há, ainda, um programa de treinamento que visa apoiar aeroportos e companhias aéreas na melhoria das experiências de viagem dos ageiros com deficiências.
Em celebração ao mês de Conscientização do Autismo, mais um aeroporto brasileiro ganhou uma sala multissensorial. O espaço foi inaugurado nesta sexta-feira (4), no Aeroporto Internacional de Recife. A iniciativa faz parte do Programa de Acolhimento ao ageiro com Transtorno do Espectro Autista (TEA), do Ministério de Portos e Aeroportos.
O evento contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Na ocasião, ele destacou a importância desse tipo de ação e o impacto positivo que a medida pode gerar para milhares de famílias.
“Além das obras estruturantes nos aeroportos, é fundamental termos um olhar atento à melhoria do atendimento aos ageiros, porque tão importante quanto investir em obras é promover a inclusão nos aeroportos. Vamos trabalhar para que mais aeroportos tenham salas como esta que estamos inaugurando em Recife”, pontuou.
O intuito do programa é proporcionar uma melhor experiência nos aeroportos do Brasil para ageiros neurodivergentes. De acordo com o Mpor, o ambiente conta com iluminação suave, piscina de bolinhas brancas, som de água corrente, projeções visuais, almofadas sensoriais e poltronas similares às de avião para simular o embarque.
“Pernambuco hoje está falando para o Brasil que vamos incluir na agenda diária do povo brasileiro, que a gente precisa ter um olhar com muito carinho e cuidado [para as pessoas com espectro autista]. Vamos fazer um amplo trabalho de capacitação dos nossos profissionais dos aeroportos brasileiros para ter um olhar especial, porque essa cultura do bom atendimento é fundamental”, afirmou o ministro.
O Aeroporto Internacional de Recife se tornou o quinto do Brasil a disponibilizar um espaço exclusivo para acolher pessoas com transtorno do espectro autista. Os demais terminais são os de Florianópolis (SC), Vitória (ES), Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
Ainda em abril, a Pasta deve inaugurar uma nova sala multissensorial no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A expectativa é de que, até 2026, mais 20 salas como essas sejam instaladas nos terminais aéreos do país.
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A cerimônia desta sexta também contou com a participação do prefeito da capital, João Campos; do diretor do aeroporto de Recife, Diego Moretti; além do secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, que lembrou o momento positivo atual da aviação civil brasileira.
“Estamos batendo recordes na aviação com muito investimento, mas todo esse trabalho só faz sentido se melhorarmos a experiência dos ageiros. Com a sala multissensorial, estamos acolhendo e respeitando pessoas que precisam de um atendimento adequado”, afirmou.
A sala multissensorial do Aeroporto Internacional de Recife fica situada na área de embarque norte, em frente ao portão B12. Além de atender ageiros com transtorno do espectro autista, o ambiente também é voltado para pessoas com outros quadros de sensibilidade relacionados ao neurodesenvolvimento.
O objetivo é proporcionar alívio e bem-estar para esse público, em relação aos estímulos externos. A sala vai funcionar 24h por dia. Cada item do ambiente exerce um papel relevante para regular o estresse sensorial na modulação do humor do usuário.