LOC.: A cidade de Muçum, no Rio Grande Sul, foi devastada pelas chuvas causadas por um ciclone em setembro do ano ado. A cidade ficou devastada, centenas de pessoas desabrigadas. Os recursos emergenciais para atender a população vieram do governo federal, mas antes de serem liberados, os municípios precisavam ter o reconhecimento da situação de emergência comprovado pelo governo federal.
Mas uma portaria, publicada no último dia 13 de março, suspendeu por 180 dias a obrigatoriedade de estados e municípios terem esse reconhecimento. O especialista em orçamento, Dalmo Palmeira, explica que o que muda é a ordem com que os trâmites são feitos.
TEC/SONORA: Dalmo Palmeira, Especialista em orçamento,
“O que essa medida fez foi: eu vou confiar em você, me manda os documentos, as informações, eu libero o recurso e depois eu atesto que estava tudo correto com relação à declaração de emergência. O que mudou foi a ordem das etapas, o que antes precisava ser feito previamente agora está permitindo que seja prefeito posteriormente.”
LOC.: Os recursos de cofinanciamento federal são usados para atender necessidades de atendimento ao público e estruturar espaços de acolhimento, como compra de lonas, tendas, alimentos, água, colchões, roupas de cama, roupas, material de higiene e limpeza.
Normalmente, para ter o aos rees, no valor de R$ 20 mil mensais para cada grupo de 50 pessoas desalojadas/desabrigadas, o município precisa ter o estado de calamidade pública ou a situação de emergência reconhecida pelo governo federal.
Para o secretário de istração, Fazenda e Planejamento do município de Muçum, no Rio Grande do Sul, Tiago Strieski, essa não-necessidade do reconhecimento federal para a liberação dos recursos é um ganho para os municípios.
TEC/SONORA: Tiago Strieski, secretário de istração, Fazenda e Planejamento do município de Muçum, RS
“O recurso precisa chegar rápido aos municípios. Se entende que quem teve seus pertences, suas casas perdidas, ou precisa de acolhimento, isso precisa ser feito de forma imediata. E muitas vezes a questão burocrática demora alguns dias até se conseguir a liberação do recurso.”
LOC.: O secretário cita que, na calamidade que atingiu o município no ano ado, a liberação dos recursos demorou cerca de dez dias — e nesse período a população só conseguiu se manter graças a doações da comunidade.
Reportagem, Lívia Braz