LOC.: O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), indicador calculado pelo IBGE, subiu 1,44% em setembro, a maior alta desde julho de 2013. Em setembro de 2019, o índice foi de 0,37%. Desde o começo do ano, o Sinapi acumula alta de 4,34% e, nos últimos 12 meses, o indicador totaliza 4,89% de aumento. De acordo com Augusto Oliveira, gerente de pesquisa do IBGE, praticamente todos os produtos calculados na pesquisa, em quase todo os estados do país, apresentaram alta em setembro.
“Foi verificado nas nossas análises o crescimento de preço em todos os produtos: cimento, blocos cerâmicos, telhas, cabos elétricos e aço.”
LOC.: O Sinapi tem como objetivo produzir e divulgar séries mensais sobre custos do setor habitacional, de salários médios, mão de obra e preços de materiais. Além disso, por meio do índice, o IBGE também calcula o preço médio de máquinas, equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
Augusto Oliveira ressalta que os produtos listados no Sinapi variam mês a mês e afirma que o indicador tem como foco calcular os custos de edificações residenciais. Segundo ele, o índice não tem o intuito de apontar fatores que levam a alta ou a queda em produtos ou na mão de obra da construção civil.
“O Sinapi é um índice feito para projetos de construções habitacionais. São 21 projetos que entram [no cálculo], que vão desde casas a prédios com até sete andares.”
LOC.: A região Norte do país apresentou a maior variação regional no Sinapi em setembro (1,81%). O IBGE afirma que o aumento se deu principalmente por conta da variação expressiva no preço dos materiais de construção e devido a um acordo coletivo de trabalhadores do setor no Pará. Nas demais regiões, os aumentos variaram entre 1,06% e 1, 62%.
Reportagem, Paulo Oliveira