Pós-enchentes no RS: é preciso manter a caderneta de vacinação das crianças em dia, orienta UNICEF

O UNICEF orienta que a prevenção das doenças que podem causar surtos — como as síndromes respiratórias — são prioridade

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Foto: Reprodução Cristine Rochol-PMPA

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Com uma lista vasta e completa de imunizantes, o Calendário Nacional de Vacinação oferece vacinas que protegem as crianças das mais variadas doenças — desde rotavírus, sarampo até meningite. Mas para garantir a proteção completa, é preciso manter a caderneta de vacinação atualizada. E neste contexto de pós-enchentes do estado, que ainda representa riscos à saúde dos pequenos, pais e responsáveis devem manter a vacinação dos filhos em dia. A orientação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
 
O oficial de Saúde do UNICEF, Gerson da Costa, reforça: a vacinação é um cuidado “fundamental”. “Faz parte central dos cuidados elementares de saúde a que qualquer pessoa tem direito, sobretudo as crianças, e especialmente na primeira infância — quando a criança tem muitas vacinas recomendadas que as protegem de doenças preveníveis.”
 
O desafio aumenta num contexto de alagamento, dificuldade de deslocamento, perda de documentação médica, dificuldade de o aos sistemas de informação. Em cenários onde os pais ou responsáveis não conseguem ter o ou consultar as cadernetas de vacina das crianças — para saber o histórico vacinal — vale a orientação do oficial de Saúde do UNICEF.
 
“Sendo possível consultar o histórico vacinal, [é necessário] atualizar tudo. Não sendo possível, fazer o esquema básico de vacinas que envolve, entre outras doenças, o sarampo, que é uma doença que causa muito surto — então precisa estar sempre vigiando para que a cobertura vacinal esteja adequada”, recomenda Gerson da Costa Filho.  
 
Confira o Calendário Nacional de Vacinação (Fonte: Ministério da Saúde)
 
● ao nascer - Vacina BCG / Vacina Hepatite B
● 2 meses - Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Vacina pneumocócica / Vacina rotavírus
● 3 meses - Vacina meningocócica C
● 4 meses - Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Vacina pneumocócica / Vacina rotavírus
● 5 meses - Vacina meningocócica C
● 6 meses - Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Influenza / Covid
● 7 meses - Covid (2ª dose)
● 9 meses - Vacina Febre Amarela
● 12 meses - Vacina pneumocócica / Vacina meningocócica C / Tríplice viral
● 15 meses - Vacina DTP / Vacina poliomielite / Hepatite A / Vacina Tetra viral
● 4 anos - Vacina DTP / Vacina Febre Amarela / Vacina poliomielite / Vacina varicela
● 5 anos - Vacina Febre Amarela / Vacina pneumocócica
● 9 e 10 anos - Vacina HPV
 
O UNICEF orienta que, caso a criança esteja com as vacinas atrasadas ou sem nenhum registro de vacinação, os pais ou responsáveis devem buscar o serviço de saúde mais próximo — preferencialmente as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A família deve levar para a vacinação um documento, de preferência, a caderneta da criança. Caso não tenha a carteira de vacinação, deve ir da mesma forma. Nada deve impedir a criança de se vacinar.
 
O oficial do UNICEF lembra que toda chance de cuidado da saúde deve ser aproveitada ao máximo. “A ideia é que a gente não perca a oportunidade de vacinar e que a gente ofereça — sempre que tiver contato com essa criança — tudo que ela precisa. O ideal é que essa criança, tendo contato com um serviço de saúde, possa fazer tudo que seja recomendado para a idade dela” alerta Gerson Filho.