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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Paraná possui 11 municípios entre os prioritários para o Pronasci 2

Objetivo do programa é prevenir, reprimir e controlar a criminalidade nas 163 cidades que concentram 50% das mortes intencionais


O Paraná possui 11 municípios considerados prioritários para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci 2. O projeto tem como objetivo prevenir, reprimir e controlar a criminalidade nos 163 municípios brasileiros que concentram 50% das mortes violentas intencionais. Almirante Tamandaré, Campo Largo, Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranaguá, Piraquara, Ponta Grossa e São José dos Pinhais estão nesse recorte.

Júlio Hott, especialista em segurança pública, informa que grande parte das vítimas é de regiões com maior número de população negra e, por isso, há um direcionamento para municípios preferenciais. “Esse programa deve prosseguir com essa mesma linha de política, buscando sempre a segurança pública dentro de uma ação social”, afirma.

De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 47.508 vítimas de mortes violentas intencionais, ou seja, cerca de 23 mortes por 100 mil habitantes em 2022. Sobre as vítimas, 76,9% são negras, 50,2% possuem entre 12 e 29 anos e 91,4% são do sexo masculino.

Cássio Thyone, presidente do Conselho de istração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), explica que o planejamento e execução de políticas públicas de segurança são essenciais para a redução da criminalidade. 

“Quando você trabalha em cima de evidências, em cima de dados, você consegue direcionar melhor os seus recursos e executar ações que vão impactar diretamente na violência”, avalia.

No primeiro trimestre deste ano, o Paraná registrou 519 vítimas de mortes violentas intencionais, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado. A categoria engloba vítimas de ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, feminicídio, mortes decorrentes de intervenção policial e vitimização policial.

Berlinque Cantelmo, advogado especialista em segurança pública, aponta que o Paraná faz fronteira com São Paulo, o estado com maior índice de incidência criminal. Por isso, Cantelmo considera importante que as autoridades implementem políticas públicas para evitar a migração do crime organizado.

“Isso causa nos demais estados, e aqui falando sobre Minas Gerais e Paraná, maior atenção para que haja o contingenciamento próprio de uma perspectiva migratória do crime organizado para esses estados que compõem limites geográficos com São Paulo. É de se ressaltar também que a segurança pública, como dever do Estado, parte de um pressuposto de compartilhamento entre o governo federal, os estados e os municípios”, explica.

O Pronasci 2 ainda está alinhado com o Plano Nacional de Segurança Pública, que prevê a redução da taxa nacional de homicídios para abaixo de 16 mortes por 100 mil habitantes até 2030.

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LOC.: O Paraná possui 11 municípios considerados prioritários para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci 2. O projeto tem como objetivo prevenir, reprimir e controlar a criminalidade nos 163 municípios brasileiros que concentram 50% das mortes violentas intencionais. Almirante Tamandaré, Campo Largo, Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranaguá, Piraquara, Ponta Grossa e São José dos Pinhais estão nesse recorte.

O presidente do Conselho de istração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cássio Thyone, explica que o planejamento e execução de políticas públicas de segurança são essenciais para a redução da criminalidade. 

TEC./SONORA: Cássio Thyone, presidente do Conselho de istração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

“Quando você trabalha em cima de evidências, em cima de dados, você consegue direcionar melhor os seus recursos e executar ações que vão impactar diretamente na violência.”


LOC.: No primeiro trimestre deste ano, o Paraná registrou 519 vítimas de mortes violentas intencionais, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado. A categoria engloba vítimas de ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, feminicídio, mortes decorrentes de intervenção policial e vitimização policial.

O advogado especialista em segurança pública Berlinque Cantelmo, aponta que o Paraná faz fronteira com São Paulo, o estado com maior índice de incidência criminal. Por isso, Cantelmo considera importante que as autoridades implementem políticas públicas para evitar a migração do crime organizado.

TEC./SONORA: Berlinque Cantelmo, advogado especialista em segurança pública

“Isso causa nos demais estados, e aqui falando sobre Minas Gerais e Paraná, maior atenção para que haja o contingenciamento próprio de uma perspectiva migratória do crime organizado para esses estados que compõem limites geográficos com São Paulo. É de se ressaltar também que a segurança pública como dever do estado, parte de um pressuposto de compartilhamento entre o governo federal, os estados e os municípios.”


LOC.: De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou cerca de 23 mortes por 100 mil habitantes em 2022. Sobre as vítimas, 76,9% são negras, 50,2% possuem entre 12 e 29 anos e 91,4% são do sexo masculino.

Reportagem, Nathália Guimarães