LOC.: Enquanto o mundo se prepara para mais uma Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climática, o Brasil já sabe seu papel. Na COP28, o Brasil busca cumprir o que foi proposto em acordos como o de Paris e o Protocolo de Kyoto e ajudar a reduzir o aquecimento global. É o que explica o negociador-chefe e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago.
TEC/SONORA: André Corrêa do Lago, negociador-chefe e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores
“O Brasil quer que o acordo de Paris dê certo. E o Brasil também quer que seja levado em consideração o último relatório do IPCC que mostra que não podemos ar de 1,5 (grau). Então o Brasil chegará a COP como um buscador de soluções para que o mundo consiga evitar que o aumento da temperatura seja 1,5ºC.”
LOC.: Outro desafio do país no encontro é aumentar a confiança entre dois grupos de países — os desenvolvidos e os em desenvolvimento. Segundo o negociador, isso acaba atrasando os avanços e dificultando os resultados.
TEC/SONORA: André Corrêa do Lago, negociador-chefe e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores
“Essa falta de confiança tem diminuído significativamente a velocidade dos avanços nas decisões da convenção e do Acordo de Paris e, portanto, gera no mundo, uma certa frustração por que as pessoas gostariam de ver uma aceleração maior nas decisões. O Brasil vai atuar muito nisso, ou seja, assegurar que se consigam resultados e que se diminua a divisão do mundo entre essas duas categorias.”
LOC.: Um dos pontos da estratégia de descarbonização da indústria no Brasil inclui a regulamentação do mercado de carbono. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende a pauta e vai levar o documento Visão da Indústria, apresentado em outubro, para discussão na COP28.
A conferência acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro.
Reportagem, Lívia Braz