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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

CNI: Transição energética é oportunidade para indústria brasileira assumir protagonismo

Durante evento empresarial na COP28, em Dubai, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, defendeu uma nova industrialização do país, baseada na economia de baixa emissão de carbono


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse na última quarta-feira (6) que a transição energética é uma oportunidade ímpar para a retomada da industrialização do Brasil. A uma plateia composta por empresários, autoridades e representantes institucionais, ele destacou que a indústria brasileira está inserida em um contexto que lhe permite almejar posição de liderança internacional nesse processo. 

"Devemos unir esforços em favor da neoindustrialização. A indústria brasileira reúne condições únicas para ser umas líderes mundiais da baixa emissão de carbono e da sustentabilidade. Temos uma oportunidade ímpar, talvez a última dessa geração, de revitalizar a indústria brasileira", disse. 

A declaração foi feita durante o Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixa Carbono, evento que ocorre em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. 

Alban destacou que uma nova industrialização traria efeitos positivos para a economia brasileira. "Com um setor industrial mais inovador, dinâmico e competitivo, o Brasil poderá crescer de forma vigorosa e sustentável e gerar a renda e os empregos necessários para melhorar a qualidade de vida da população."

Iniciativas

O presidente da CNI pediu que o Brasil combata o desmatamento ilegal e recupere as áreas degradadas de forma irregular como medidas para redução das emissões de gases poluentes. Alban disse que é possível gerar riqueza a partir da exploração sustentável dos recursos naturais. 

"Devemos conhecer o valor econômico da nossa biodiversidade e propor políticas públicas que estimulem o uso sustentável da biodiversidade e incentivem os investimentos em pesquisa e inovação", pontuou.

Um dos caminhos para facilitar o processo é a via regulatória, acredita o empresário. "Para isso, é essencial a aprovação de marcos legais que deem segurança e previsibilidade aos investidores. Precisamos promover o encadeamento da produção nacional para sermos mais competitivos, e avançar na digitalização para aumentarmos a produtividade", completou. 

Parceria

Durante o evento, a CNI formalizou parceria com outras quatro instituições para o desenvolvimento de estratégias visando a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. Os documentos foram assinados com a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber), a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a Amcham Brasil e o First Abu Dhabi Bank.

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LOC.: O presidente da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, Ricardo Alban, disse que a transição energética é a oportunidade para uma nova industrialização do Brasil. A uma plateia composta por empresários, autoridades e representantes institucionais, ele destacou que a indústria brasileira está inserida em um contexto que lhe permite almejar posição de liderança internacional nesse processo.  A declaração foi feita durante o Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixa Carbono. O evento ocorre em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, em Dubai.

 A CNI formalizou acordo com quatro instituições, entre elas a Câmara de Comércio dos Estados Unidos. A parceria busca desenvolver uma agenda positiva entre os setores empresariais dos dois países. Alban explica que os acordos com outros países vão ajudar a indústria a  pensar em cadeias produtivas integradas e voltadas para a descarbonização. 

TEC./SONORA: Ricardo Alban, presidente da CNI
"Esse é o grande detalhe da neoindustrialização. Você pode aproveitar esse momento em que o mundo está pedindo descarbonização, estudarmos as cadeias produtivas e a indústria, toda cadeia é longa, podemos fazer isso de forma compartilhada, foi o que conversamos agora, para que a gente possa fazer agregação de valores em ambos os países. Vamos agregar valor com a nossa energia limpa, até determinado momento da cadeia, podemos completar essa cadeia na Alemanha, de tal forma que todas as economias são fortalecidas e exista o que todo mundo quer: um ganha ganha."


LOC.: Alban destacou que uma nova industrialização traria efeitos positivos para a economia brasileira, como a geração de emprego e renda. 

Reportagem, Felipe Moura.