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AMAZÔNIA PRA ELAS: Programa do Basa estimula empreendedorismo entre mulheres

Com taxas de juros diferenciadas, Banco da Amazônia quer ampliar o das mulheres ao crédito


Quase metade dos empreendedores no Brasil são mulheres. Segundo dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil 2020, da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), elas são 48%. Mas a maior parte delas, 55%, empreende por necessidade, segundo levantamento do Sebrae. As mulheres também têm menos propensão a tomar empréstimos. Durante o ano de 2020, enquanto 54% dos empreendedores buscaram crédito, apenas 45% delas contrataram operações. 

“Quando o assunto é crédito e empreendedorismo feminino, observamos que as questões culturais são fortes. Tanto do lado de fora do balcão, das mulheres empreendedoras que pedem o empréstimo, quanto do lado de dentro do balcão dos bancos, das instituições financeiras que oferecem”, pondera a coordenadora nacional de empreendedorismo feminino do Sebrae, Renata Malheiros. 

Sensível a essas questões culturais, o Banco da Amazônia (Basa) lançou o programa “Amazônia pra Elas”, um dos braços do programa do Governo Federal chamado Brasil pra Elas. A ideia é estimular o empreendedorismo entre as mulheres. Somente em 2022, o banco já atendeu mais de 1.582 mulheres e investiu cerca de R$ 5,67 milhões somente em ações para fortalecer o empreendedorismo feminino. 

Uma das empreendedoras que tomou o empréstimo no Basa foi Valéria Soares, 35 anos, moradora de Candeias do Jamari (RO). Ela atua no ramo de modas há mais de 10 anos, mas no período da pandemia enfrentou dificuldades. “Quebrei porque vendia muito fiado. Chegou num ponto que ninguém me pagou mais e fiquei devendo mais de 20 fábricas”, recorda. 

Com filhos pequenos para sustentar, Valéria encontrou a saída por meio de um empréstimo específico desenvolvido para grupos de mulheres pelo Banco da Amazônia. Em 2020, ela contratou um crédito de R$ 8 mil na modalidade de aval solidário, em que uma empreendedora fica co-responsável pelos pagamentos das operações das demais. Os grupos podem ser formados por até sete pessoas.

"Às vezes, a pessoa pode pensar que é pouco, mas não se torna pouco quando você sabe fazer acontecer: desde que você pegue para você fazer girar e fazer dinheiro”, recomenda Valéria. Ela usou o valor emprestado para alavancar seu negócio. Comprou mercadoria, montou uma nova loja e conseguiu multiplicar seu investimento com um faturamento de R$ 25 mil em vendas. Com isso, pagou fornecedores e se restabeleceu. Hoje, já tem planos de investir em uma nova loja de roupas com um perfil mais popular. 

34% dos empreendedores no Brasil são mulheres

Empreendedorismo: um caminho mais difícil para as mulheres

Pouco mais de 30% das crianças de 0 a 3 anos são atendidas por creches

Sônia Maria Farias, dona de um restaurante em Belém, atua há 10 anos neste ramo.  Há sete anos, formou um grupo de quatro mulheres para o aval solidário e começou a trabalhar com apoio de recursos do Basa por meio do Programa Amazônia Florescer. O primeiro empréstimo foi de R$ 1 mil. “Eu tinha um ponto muito pequeno, era na minha casa e trabalhava apenas com lanches. Hoje tenho um ponto muito maior e já expandi meus negócios. Com o apoio de mulheres, aprendi a me planejar, investir”, afirma Sônia.

o ao crédito

As operações de crédito são feitas com taxas mais baixas e os pagamentos podem ser feitos em até 24 meses. O crédito é destinado a grupos de micro e pequenas empreendedoras para investimentos, compras de insumos e mercadorias, pequenas reformas e ampliações. Com taxas fixas, o prazo para pagamento varia de 12 a 24 meses.

A Gerente de Planejamento do Banco da Amazônia, Márcia Mithie, explica que as mulheres podem recorrer ao crédito com taxas de juros diferenciadas até 30 junho. Na carteira do microcrédito, as mulheres são 58% dos empreendedores atendidos pelo Basa. Em 2021, o banco contratou R$ 121 milhões em microcrédito. “Para 2022, o Banco da Amazônia tem a meta de contratar R$ 411 milhões e ampliar para 60%, no mínimo, para atender as mulheres empreendedoras nesse programa”, adianta Mithie. 

O Amazônia pra Elas inclui o Amazônia Florescer pra Elas, um produto de microcrédito urbano modelado para mulheres com taxas de juros reduzidas, a 2,28% ao mês. O Basa lançou a proposta em maio. “Muitas vezes, as mulheres são a base da casa, da família e das finanças também. Então, nesse contexto, precisa de um olhar diferenciado para esse papel da mulher e é isso que o Banco da Amazônia vem fazendo, não somente lançando agora as taxas diferenciadas, mas também modelando produtos para que atendam, apoiem, engajem e que promovam o empreendedorismo feminino”, defende a gerente Márcia Mithie. 

O Amazônia pra Elas tem ações planejadas até março de 2024. Além de taxas diferenciadas, o programa prevê uma premiação para mulheres empreendedoras, edital de patrocínio e campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar. 
 

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LOC:  Quase metade dos empreendedores no Brasil são mulheres. Segundo dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil 2020, elas são 48%. Segundo levantamento do Sebrae, as mulheres têm menos propensão a tomar empréstimos. Mas quando o fazem, tendem a reinvestir nos próprios negócios e multiplicar os ganhos para a família e o comércio local. Uma das mulheres que pegou empréstimo foi Valéria Soares, de Candeias do Jamari, em Rondônia. Empresária do ramo de vestuário, ela conta que tomou um empréstimo de 8 mil reais voltado para mulheres empreendedoras junto ao Banco da Amazônia, o Basa. Com o dinheiro, reconstruiu o negócio e já pensa em abrir mais uma loja.  
 

TEC./SONORA: Valéria Soares, empreendedora de Candeias do Jamari (RO)

"Às vezes, a pessoa pode pensar assim: ‘mas é tão pouco’. Mas não se torna pouco quando você sabe fazer acontecer. Não adianta você pegar algo que você não vai fazer girar. Entendeu? Então, você fazendo girar, você vai conseguir. Desde que você pegue pra você fazer girar e fazer dinheiro.”
 


LOC: O Banco da Amazônia lançou o Amazônia pra Elas, um dos braços do programa do Governo Federal chamado Brasil pra Elas. A ideia é estimular o empreendedorismo entre as mulheres. Somente em 2022, o banco já atendeu mais de 1.582 empreendedoras e investiu cerca de 5 milhões e 700 mil reais. 

As operações de crédito são feitas com taxas mais baixas e os pagamentos podem ser feitos em até 24 meses. O crédito é destinado a grupos de micro e pequenas empreendedoras para investimentos, compras de insumos e mercadorias, pequenas reformas e ampliações dos negócios. A gerente de Planejamento do Banco da Amazônia, Marcia Mithie, diz que vão ser investidos mais 400 milhões em microcrédito e que 60% desse volume deve ser destinado a operações de crédito voltadas para as mulheres. 
 

TEC./SONORA: Márcia Mithie, gerente de Planejamento do Banco da Amazônia
 
“A importância de investir nas mulheres é que elas cada vez mais ampliam sua representatividade e sua importância na base não somente familiar, mas também na base econômica.  Então, nesse contexto, precisa de um olhar diferenciado, precisa de um olhar pra esse papel da mulher. E é isso que o Banco da Amazônia vem fazendo, não somente lançando agora as taxas diferenciadas mas também modelando produtos para que atendam e apoiem, engajem e, cada vez mais, promovam o empreendedorismo feminino.”
 


LOC: Até 30 de junho, as mulheres podem recorrer ao crédito com taxas de juros diferenciadas, de 2,28% ao mês. O Amazônia pra Elas tem ações planejadas até março de 2024. Além de taxas diferenciadas, o programa tem premiações para mulheres empreendedoras, edital de patrocínio e campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar. 

Reportagem, Angélica Cordova