Voltar

ou

Cadastro de mídia
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Saúde interrompe vacinação de gestantes com AstraZeneca

Ministério da Saúde atendeu à orientação da Anvisa e suspendeu a vacinação de gestantes com AstraZeneca até que se investigue o óbito de uma grávida imunizada com o produto


O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de gestantes no país com o imunizante da AstraZeneca contra a Covid-19. A interrupção da aplicação de doses neste grupo, com esse produto, ocorre após a morte de uma grávida que foi vacinada, mas ainda não há evidência de que a causa do óbito esteja relacionada ao imunizante. 
 
A recomendação da suspensão veio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ressaltou que a medida é uma precaução e tem como base a “insuficiência de dados relacionados à segurança de uso por gestantes disponíveis até o momento”. O órgão também pontua que mantém a recomendação de continuidade da vacinação com o imunizante da AstraZeneca para os outros grupos, já que os benefícios superam os riscos até o momento.
 
A própria fabricante da vacina de Oxford/AstraZeneca notificou a Anvisa sobre a “suspeita de evento adverso grave”, quando uma gestante de 35 anos imunizada com o produto morreu devido à trombose. A agência avaliou que, apesar de grave e potencialmente fatal, a ocorrência é extremamente rara.

Em coletiva realizada pelo Ministério da Saúde, o professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil, pontuou que ainda não está claro que a vacina tenha sido a causa da trombose. “Estamos examinando detalhes de todo o prontuário para que a gente chegue a uma conclusão e esclareça a todos. Por isso mesmo que estamos esperando exames para orientarmos de uma forma tranquila.”

Estudos e ações

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, descreveu os próximos os do governo, ressaltando que o óbito ainda está sendo estudado e os benefícios da vacina de Oxford para a população brasileira já são claros. 
 
“Aconteceu esse evento raro, então é uma cautela que o programa nacional de imunizações tem, até o fechamento do caso, até verificar e avaliar o cenário epidemiológico em relação a essa vacina. E destaco aqui a importância que essa vacina tem para o Programa Nacional de Imunizações, para a população brasileira que está dentro dos grupos prioritários. É uma vacina autorizada pela Anvisa, com uma eficácia que atende o PNI.”
 
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, abriu a fala lamentando o falecimento da gestante e seguiu detalhando os procedimentos da pasta. “Gostaria de reiterar a confiança do ministério na segurança e na eficácia dessas vacinas. Todo programa de imunização é coordenado por uma equipe técnica e uma câmara dos especialistas mais renomados em imunização no Brasil. Tomamos conhecimento desse caso através da nossa equipe de vigilância e nos reunimos para a tomada de decisão”, afirmou.

Covid-19: MS receberá 8,2 milhões de doses da vacina até sexta

I da Covid vai focar na compra de vacinas em audiências nesta semana

Vacina em pó é aposta da UFPR contra Covid-19

Queiroga também esclareceu que grávidas que não têm comorbidades não deverão ser imunizadas neste momento, e que aquelas que já tomaram a primeira dose devem aguardar um novo comunicado da pasta. Uma nota técnica deverá ser divulgada até o fim da semana. 
 
“A decisão do ministério é circunscrever a vacinação das gestantes apenas àquelas que têm comorbidades e restringir, neste momento, por uma questão de cautela a dois imunizantes, à vacina da Pfizer e à vacina CoronaVac”, disse Marcelo Queiroga. Também há expectativa de um comunicado da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a imunização de gestantes. 
 
A vacinação de grávidas no Brasil começou após uma percepção do Ministério da Saúde de um aumento do número de mortes por Covid-19 dentro deste grupo, o que resultou em um cenário em que os benefícios superavam os riscos da imunização, segundo os especialistas da pasta.

Receba nossos conteúdos em primeira mão.

LOC.: Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de gestantes no país com o imunizante da AstraZeneca contra a Covid-19. A interrupção da aplicação de doses neste grupo, com esse produto, ocorre após uma morte de uma grávida que foi vacinada, mas ainda não há evidência de que a causa do óbito esteja relacionada ao imunizante. 
 
A recomendação da suspensão veio da Anvisa, que ressaltou que a medida é uma precaução, como levantado também pela coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato.
 

“Aconteceu esse evento raro, então é uma cautela que o programa nacional de imunizações tem, até fechamento do caso, até verificar e avaliar o cenário epidemiológico em relação a essa vacina. E destaco aqui a importância que essa vacina tem para o Programa Nacional de Imunizações, para a população brasileira que está dentro dos grupos prioritários.”
 


LOC.: O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esclareceu que grávidas que não têm comorbidades não deverão ser imunizadas neste momento, e que aquelas que já tomaram a primeira dose devem aguardar um novo comunicado da pasta.
 

“A decisão do ministério é circunscrever a vacinação das gestantes apenas àquelas que têm comorbidades e restringir, neste momento, por uma questão de cautela a dois imunizantes, à vacina da Pfizer e à vacina CoronaVac.”


LOC.: A própria fabricante da vacina de Oxford/AstraZeneca notificou a Anvisa sobre esse “evento adverso grave”, quando a gestante de 35 anos imunizada com o produto morreu devido à uma trombose. A agência avaliou que, apesar de grave e potencialmente fatal, a ocorrência é extremamente rara. 
 
A vacinação de grávidas no Brasil começou após uma percepção do Ministério da Saúde de um aumento do número de mortes por Covid-19 dentro deste grupo, o que resultou em um cenário em que os benefícios superavam os riscos da imunização, segundo os especialistas da pasta. 
 
Reportagem, Alan Rios 
 

NOTA

LOC.: O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de gestantes no país com o imunizante da AstraZeneca contra a Covid-19. A interrupção da aplicação de doses neste grupo, com esse produto, ocorre após a morte de uma grávida que foi vacinada, mas ainda não há evidência de que a causa do óbito esteja relacionada ao imunizante. 
 
A recomendação da suspensão veio da Anvisa, que ressaltou que a medida é uma precaução. A própria fabricante da vacina de Oxford/AstraZeneca notificou a Anvisa quando a gestante de 35 anos imunizada com o produto morreu devido à uma trombose.
 
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esclareceu que grávidas que não têm comorbidades não deverão ser imunizadas neste momento, e que aquelas que já tomaram a primeira dose devem aguardar um novo comunicado da pasta.
 
A agência avaliou que, apesar de grave e potencialmente fatal, a ocorrência é extremamente rara. A vacinação de grávidas com a CoronaVac e a vacina da Pfizer segue sem interrupções, mas restrita às gestantes que tenham comorbidades.