LOC.: A cidade do Rio de Janeiro adotará o conceito de "cidade esponja" para controlar enchentes e alagamentos. O modelo, utilizado em diversas cidades do mundo para evitar tragédias ambientais, é o ponto central da lei sancionada parcialmente na quarta-feira, 3 de julho, pelo prefeito Eduardo Paes. A nova norma prevê a adoção de mecanismos sustentáveis de gestão das águas pluviais.
Na opinião de Cibele Oliveira Lima, especialista em mudanças climáticas e analista de geoprocessamento da Ambientare, a abordagem de "cidade esponja" representa uma mudança de paradigma necessária para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
TEC./SONORA: Cibele Oliveira Lima especialista em mudanças climáticas e analista de geoprocessamento da Ambientare
“Pensando na cidade do Rio de Janeiro, as maiores vantagens de implementação dessas cidades-esponjas seria a redução das enchentes e alagamentos que ocorrem com frequência, principalmente durante o período de verão, onde ocorre uma maior concentração de chuvas. Então, essas cidades esponjas e todas essas melhorias realizadas de forma a captar essa água, diminuiria essa quantidade de água nas ruas e em toda a outra drenagem urbana e coletaria isso em locais que poderiam ser utilizados depois.”
LOC.: A lei prevê a criação de "jardins de chuva", pequenos jardins plantados com vegetação adaptada que ajudarão a absorver e filtrar a água da chuva, resistindo aos alagamentos. Segundo Wanderson Santos, Presidente da Fundação Rio-Águas, a legislação representa uma inovação no tratamento das águas urbanas.
TEC./SONORA: Wanderson Santos Presidente da Fundação Rio-Águas
“Bem essa lei vem corroborar com várias iniciativas que a Prefeitura da cidade de Rio de Janeiro já vem implementando em diversas frentes de trabalho na cidade. Essas iniciativas foram colocadas como estratégicas no nosso planejamento e na verdade, essa legislação fala sobre uma nova forma de como devemos tratar as águas urbanas na cidade do Rio de Janeiro.”
LOC.: O vereador William Siri (PSOL), autor do projeto, destacou que o modelo de "cidade esponja" apresenta resultados superiores ao modelo convencional de gestão das águas pluviais.
Reportagem, Mireia Vitoria, com narração de Paloma Custódio