LOC.: Rim, fígado e pulmão foram os órgãos mais transplantados no Rio Grande do Sul em 2023, segundo relatório da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do estado (SES-RS). No ano ado, 753 órgãos captados de doadores com morte encefálica permitiram a realização de 515 transplantes de rim, 137 de fígado, 36 de pulmão e 20 de coração. Ao todo, 712 transplantes de órgãos foram realizados em 2023. O número de transplantes é maior desde 2020.
O médico neurocirurgião Bruno Burjaili destaca a importância de estimular a doação de órgãos.
TEC./SONORA: Bruno Burjaili, neurocirurgião
“Todos temos que pensar que podemos precisar de órgãos ao longo da nossa vida e que gostaríamos muito de receber doações de outras pessoas nessa circunstância. Então, por que não doarmos? Existem questões, pessoais, filosóficas, religiosas, que podem motivar a pessoa a doar ou não doar e tem que ser absolutamente respeitado. Mas esse raciocínio humanitário, solidário é muito válido”.
LOC.: Apesar dos números positivos de 2023, de acordo com o relatório, 2.578 pacientes estão na fila de espera de um transplante no estado. A maior fila é para transplante de rim, com 1.228 pessoas. No caso do rim, o transplante occore quando há insuficiência renal crônica. A doença pode ter diversas causas, como explica a médica especialista em transplante renal, Rubia Boaretto.
TEC/SONORA: Rubia Boaretto - nefrologista
“Doenças como diabetes de hipertensão — que podem ser tratadas — e que am muito tempo sem diagnóstico e manejo correto, levando à perda do órgão, a falta de informação a respeito das doenças renais, que am assintomáticas. E o fato de a população estar envelhecendo, esse tempo de acometimento que lesam o rim é cada vez maior. O envelhecimento, por si só, contribui para a doença renal”.
LOC.: Conforme a SES-RS, a meta do estado é reduzir a espera com a realização de 1.502 transplantes de órgãos e de córnea em 2024 e atingir um número de doações 36,5% superior ao de 2023.
Reportagem, Landara Lima