LOC: O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, reuniu-se nesta terça-feira (4) com cerca de 500 prefeitos na sede da Confederação Nacional de Municípios, a CNM. Em seguida, encontrou as bancadas partidárias no Congresso Nacional em busca dos últimos ajustes ao texto principal que pretende entregar na próxima sexta-feira (7), em sintonia com o governo federal. O relator ouviu, mais uma vez, a preocupação dos prefeitos com eventuais impactos aos municípios.
Ao sair da reunião com os prefeitos, o relator informou que está “fazendo os ajustes finos, ouvindo e tentando atender ao máximo as reivindicações de todos os setores da sociedade".
SONORA: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deputado federal
“É a arte do diálogo, de saber ouvir e, lógico, de a gente poder construir aquilo que é melhor para a Federação, que é o que nós estamos buscando. Está caminhando bem, os pleitos agora está trazendo é o aperfeiçoamento daquilo que a gente colocou. Não existe nem nada descartado nem nada definido. Este é o momento de agente estar dialogando para construir as melhores saídas.”
LOC: Presente no evento da Confederação Nacional de Municípios, João Campos, prefeito do Recife, a capital pernambucana, defendeu o texto da reforma tributária. Campos reconhece que há melhorias a serem feitas, mas destacou que de maneira geral, o projeto a ser apresentado traz aquilo que ele considera mais importante.
SONORA: João Campos (PSB-PE), prefeito do Recife
“É uma reforma que vai poder tributar no destino, reduzir guerra fiscal, simplificar o sistema tributário e com isso facilita o crescimento da economia. Então, tem muitos pontos positivos. O que é tem que ajustar na linha de chegada, só, são setores importantes da economia, que não podem ser prejudicados como o setor de serviços. Então, discutir alíquotas específicas para a Educação, para a Saúde, para setores que são muito relevantes. E a questão federativa: garantir segurança para os municípios, que eles não vão perder – tanto a capacidade arrecadatória, como perder força – enquanto ente que efetivamente constrói política pública perto das pessoas.”
LOC: No início da semana, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, cancelou todas as atividades nas comissões temáticas. A decisão foi acertada com líderes dos partidos e faz parte do esforço concentrado para acelerar a votação das prioridades da Câmara, que são o projeto do arcabouço fiscal e o da reforma tributária. Com o ato do presidente da Câmara, não haverá reuniões de comissões temáticas, nem de Comissões Parlamentares de Inquérito (Is) para se obter o foco total dos deputados nessas votações. Ele também pressiona para que os parlamentares estejam em Brasília, garantindo grande número de deputados no plenário. Para votar a reforma tributária, o projeto depende de 308 votos em dois turnos.
Reportagem: José Roberto Azambuja