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Foto: Divulgação/Polícia Federal
Foto: Divulgação/Polícia Federal

Receita Federal e Polícia Federal combatem fraude fiscal em quatro estados

Organização criminosa atuava no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Transações envolveram R$ 4 bilhões


A Polícia Federal e a Receita deflagraram, nesta terça-feira (16), a Operação Gauteng para desarticular organização criminosa dedicada a fraudes fiscais com atuação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. 

A ação mobilizou 280 policiais federais e servidores da Receita Federal para a execução de 59 mandados de busca e apreensão e de ordens judiciais expedidas pela  Justiça Federal para o bloqueio de imóveis, contas bancárias e arrecadação de bens que venham a ser identificados em poder da organização criminosa. 

Por meio do cruzamento de dados e uso de informações de inteligência, a Receita detectou indícios de que empresas inexistentes emitiam notas fiscais falsas destinadas a um grupo de empresas que atuam na cadeira de sucatas. 

O auditor fiscal da Receita Federal Marcelo Izaguirre estima o valor envolvido nas fraudes e aponta uma outra frente das ações criminosas. “Essa fraude envolveu transações de R$ 4 bilhões de reais. E dentro dessa fraude nós também identificamos uma operação bastante relevante com o ouro. Vamos dar continuidade na investigação nas eventuais próximas fases”,  anunciou.

O superintendente da Receita Federal, Altemir Linhares de Melo, contou sobre o início da operação no âmbito da Receita: “Nós iniciamos esse trabalho em 2019, no processo de uma fiscalização tradicional, e se identificou que havia todo um meandro de um crime organizado por trás dessa estrutura, e a partir daí o processo desencadeou com a entrada da Polícia Federal neste circuito e chegou a ganhar a dimensão que ganhou. Chegamos no momento de hoje com essa abordagem, com essa fase iniciada hoje que é a fase ostensiva”, explicou. Após esse início, a Polícia Federal foi incluída na  investigação e instaurou inquérito em dezembro de 2021.

Várias dessas empresas que emitiam as notas foram abertas em nome de laranjas. O delegado da Polícia Federal Noerci Melo destacou sobre as descobertas: “As investigações foram avançando e apontando para a existência de uma série de crimes de fraude documental, sonegação fiscal, organização criminosa, entre outros crimes que a gente está investigando”, enumerou.

Há suspeitas de que essas transações possam estar relacionadas também à lavagem de dinheiro e extração ilegal de minérios. Confira as cidades onde aconteceram os mandados de busca e apreensão.

  • Caxias do Sul/RS – 16
  • Bento Gonçalves/RS – 1
  • Porto Alegre/RS – 1
  • ville/SC – 4
  • Araquari/SC - 1
  • Lages/SC - 4
  • Balneário Camboriú/SC - 1
  • Pomerode/SC – 4
  • Jaraguá do Sul/SC – 1
  • Guaramirim/SC - 1
  • Braço do Trombudo/SC - 1
  • Barra Velha/SC – 2
  • Massaranduba/SC – 2
  • Schroeder/SC – 1
  • Curitiba/PR – 1
  • São Paulo/SP – 1
  • Ribeirão Preto/SP – 7
  • Jaboticabal/SP – 10

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LOC.: A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram, nesta terça-feira (16), a Operação Gauteng para desarticular organização criminosa dedicada a fraudes fiscais com atuação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. 

A ação mobilizou 280 policiais federais e servidores da Receita Federal para a execução de 59 mandados de busca e apreensão e de ordens judiciais expedidas pela  Justiça Federal para o bloqueio de imóveis, contas bancárias e arrecadação de bens que venham a ser identificados em poder da organização criminosa. 

Por meio do cruzamento de dados e uso de informações de inteligência, a Receita detectou indícios de que empresas inexistentes emitiam notas fiscais falsas destinadas a um grupo de empresas que atuam na cadeira de sucatas. 

O auditor fiscal da Receita Federal Marcelo Izaguirre estima o valor envolvido nas fraudes e aponta uma outra frente das ações criminosas.

TEC./SONORA: auditor fiscal da Receita Federal, Marcelo Izaguirre
“Essa fraude envolveu transações de 4 bilhões de reais, e dentro dessa fraude nós também identificamos uma operação bastante relevante com o ouro, e nós vamos dar continuidade na investigação nas eventuais próximas fases.”


LOC.: O superintendente da Receita Federal, Altemir Linhares de Melo, contou sobre o início da operação no âmbito da Receita.

TEC./SONORA: superintendente da Receita Federal, Altemir Linhares de Melo
“Nós iniciamos esse trabalho em 2019, no processo de uma fiscalização tradicional, e se identificou que havia todo um meandro de um crime organizado por trás dessa estrutura, e a partir daí o processo desencadeou com a entrada da Polícia Federal neste circuito e chegou a ganhar a dimensão que ganhou. Chegamos no momento de hoje com essa abordagem, com essa fase iniciada hoje que é a fase ostensiva.”


LOC.: Após esse início, a Polícia Federal foi incluída na investigação e instaurou inquérito em dezembro de 2021. Várias dessas empresas que emitiam as notas foram abertas em nome de laranjas. O delegado da Polícia Federal Noerci Melo destacou sobre as descobertas.

TEC./SONORA: delegado da Polícia Federal Noerci Melo 
“As investigações foram avançando e apontando para a existência de uma série de crimes de fraude documental, sonegação fiscal, organização criminosa, entre outros crimes que a gente está investigando.”


LOC.: Há suspeitas de que essas transações possam estar relacionadas também a lavagem de dinheiro e extração ilegal de minérios. Dos 59 mandados, 18 foram em 3 cidades do Rio Grande do Sul, 22 em 11 cidades de Santa Catarina, um mandado no Paraná, e 18 em três cidades  de São Paulo.

Reportagem, Janine Gaspar