LOC.: Com a aprovação da nova reforma do ensino médio na Câmara dos Deputados, especialistas se preocupam com as mudanças frequentes na política educacional, muitas vezes em decorrência de transições de governo, que podem ser prejudiciais para a comunidade acadêmica e para o progresso contínuo do país. Segundo o advogado e presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensno do Distrito Federal, Alexandre Veloso, as alterações precisam acompanhar a necessidade do aluno e, ao mesmo tempo, promover qualidade no ensino.
TEC./SONORA: Alexandre Veloso, advogado especialista educação
“Nós entendemos que precisa existir flexibilidade, as matérias, as disciplinas precisam atender a empregabilidade do aluno para que ele possa estar de fato se colocando no mercado do trabalho, eu acho que essa é a finalidade maior do ensino médio para o estudante e para ir fazendo ali um filtro, uma condução para que parte dos alunos possam ingressar em um nível superior e parte dos alunos possam estar indo para o mercado de trabalho”
LOC.: Na opinião do presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), Álvaro Domingues Júnior, precisa existir flexibilidade respeitando a liberdade de escolha do aluno.
TEC./SONORA: Álvaro Domingues, CEDF
“Nós aumentamos o que a gente chama de parte obrigatória ligada à base nacional com o curricular, de 1800 para 2400 e reduziu-se aquilo que poderia estar associado ao que os alunos pretendiam, com liberdade, cursar e ter formação no ensino médio, o que tornaria o ensino médio mais atrativo. Antes ele tinha uma liberdade de 1200, agora ele reduz a liberdade dele para 1600. Por isso que o termo grade curricular é muito aplicável nesse caso. Você cerceia a liberdade de opção e associação do currículo ao mundo contemporâneo, ao mundo do trabalho, a própria inserção do estudante no mundo como cidadão”
LOC.: Uma das alterações propostas para o novo ensino médio diz que a carga horária da formação geral básica ará para 2.400 horas — antes eram 1800 —, somando ainda os três anos do ensino médio, para alunos que não optarem pelo ensino técnico. O texto em questão muda alguns pontos da reforma do ensino médio de 2017 (Lei 13.415/17), e será agora enviado ao Senado.
Reportagem, Lívia Azevedo