LOC.: Os índices que medem a inflação no Brasil seguem em alta. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, aumentou 0,53% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, aumentou 0,46%, segundo informou o IBGE. A variação apresentada em janeiro já era esperada pelos especialistas, como explica o economista da Fundação Getúlio Vargas André Braz.
TEC./SONORA: economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz
“Estatisticamente prevemos o que aconteceu. Os destaques a gente já sabia: alimentação, dando ênfase a alimentos in natura por conta de chuvas e essa variação climática própria do verão; e a parte de gasolina apresentou alta, um aumento que também já era esperado, em torno de 0,8, igual ao que a gente tinha também nas nossas estimativas. Então alimentos in natura e gasolina foram os grandes destaques.”
LOC.: Nos últimos 12 meses, o IPCA somou uma alta de 5,77% e o INPC acumulou aumento de 5,71%. Os dados medem a variação dos preços em várias categorias, de forma bem abrangente às necessidades das famílias brasileiras. Além dos fatores econômicos, variações climáticas também interferem no preço dos produtos in natura, como explica a agricultora Cleuza Aparecida.
TEC./SONORA: Cleuza Aparecida, agricultora
“O excesso de água é outro problema. Cai a produção, e a queda da produção faz com que aumente o preço por causa da lei da oferta e da procura. Se temos menos a oferecer, mais fica alto o preço, e é basicamente por isso. Por exemplo, a gente tem 35 mil pés de repolhos plantados, e estamos plantando mais 25 mil, disso tudo pode ter uma perda de até 60%, 50%, e essa perda faz com que o produto altere muito o preço.”
LOC.: Os índices são divulgados mensalmente pelo IBGE e levam em conta nove grupos de gastos, são eles: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação. Além disso, são usados para vários reajustes cotidianos, como o preço dos aluguéis.
Reportagem, Janine Gaspar