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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Impacto da pandemia reduziu salários em 2020, aponta IBGE

Consolidação dos dados do Cadastro Central de Empresas de 2020 aponta que salário médio mensal foi de pouco mais de R$ 3 mil, valor 3% menor que no ano anterior


O primeiro ano da pandemia fez os salários pagos pelas empresas brasileiras cair em 2020, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (23). A média mensal paga foi de R$ 3.043,81, que representa uma redução de 3% em valores reais na comparação com 2019. O estudo indica que parte da queda pode ser explicada pelos acordos de redução de jornada permitidos pelo governo durante o ano. 

Em 2020, o governo federal permitiu que a jornada de empregados fosse reduzida em até 70%, com corte proporcional nos salários pagos. Criado em abril de 2020 por meio de uma Medida Provisória, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda criava a possibilidade de acordos individuais e coletivos entre empresas e empregados, com duração máxima de 120 dias - equivalente a 4 meses.

O estudo também mostra que o número de empresas e organizações formais ativas naquele ano cresceu, com 194,8 mil unidades a mais em relação a 2019. Apesar desse crescimento, o total de ocupados assalariados foi reduzido em mais de 825 mil pessoas na comparação com o ano anterior.

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Para Thiego Ferreira, gerente das estatísticas do Cempre 2020, esse aumento no número de empresas em conjunto com a queda de pessoal é explicado, principalmente, pelo crescimento de empresas sem empregados. 

Os dados mostram que essas 825,3 mil pessoas que perderam a ocupação e renda em 2020 pertencem, principalmente, a setores que foram mais afetados pela pandemia.
A área que mais fechou vagas durante 2020 foi a de alojamento e alimentação, com redução de 373,2 mil postos de trabalho. De acordo com Ferreira, a queda geral não é a maior da série histórica do estudo, mas a de alojamento e alimentação apresentou seu pior desempenho do estudo. 

“Mesmo com os reflexos da Covid-19, a queda relativa observada em 2020 daquele pessoal assalariado não foi a maior da série histórica. Ao contrário do que ocorreu no setor de alojamento e alimentação e de artes, cultura, esporte e recreação, que tiveram quedas superiores a 12%, a maior da série histórica dessas atividades”, afirmou o gerente das estatísticas da pesquisa. 

Também reflexo da Covid-19, o setor de saúde humana e serviços sociais, apresentou um aumento de 139,3 mil pessoas ocupadas assalariadas, com o aumento da demanda de serviços de saúde.

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LOC.: O IBGE divulgou nesta quinta-feira (23) os resultados do estudo sobre as empresas e organizações formais ativas no Brasil em 2020, primeiro ano da pandemia. A publicação mostra que o salário médio mensal ou por uma redução de 3% em termos reais na comparação com 2019. O valor médio pago foi pouco mais de 3 mil reais, ou o equivalente a quase três salários mínimos.

Uma das razões que pode ter contribuído para essa redução foi a possibilidade de redução de jornada e remuneração criada naquele ano. Em abril de 2020, a primeira versão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda foi criada por medida provisória. A MP permitiu que a jornada de trabalho fosse reduzida em até 70%, com corte proporcional nos salários pagos, por até 120 dias.

O que também ou por redução foi o número de pessoas ocupadas e assalariadas. Na comparação com o ano anterior, cerca de 825 mil postos foram fechados em 2020. Os dados mostram que boa parte das vagas fechadas pertencem a setores que foram mais afetados pela pandemia. 

A área que mais fechou vagas em 2020 foi a de alojamento e alimentação, com redução de mais de 373 mil postos de trabalho. De acordo com o gerente das estatísticas do estudo, Thiego Ferreira, foi o pior desempenho da área na série histórica.

TEC/SONORA: Thiego Ferreira,  gerente de estatísticas do IBGE

“Mesmo com os reflexos da Covid-19, a queda relativa observada em 2020 daquele pessoal assalariado não foi a maior da série histórica, ao contrário do que ocorreu no setor de alojamento e alimentação e artes, cultura, esporte e recreação, que tiveram quedas superiores a 12%, a maior da série histórica dessas atividades”
 


LOC.: Também reflexo da Covid-19, o maior aumento no número de pessoas ocupadas foi no setor de saúde humana e serviços sociais, com mais de 139 mil novas contratações.

Apesar do impacto negativo nos salários e número de pessoas ocupadas, o estudo mostra que o número de empresas e organizações formais ativas naquele ano cresceu, com quase 195 unidades a mais em relação a 2019. 

Ferreira explica que isso se dá pelo aumento no número de empresas sem empregados.
 

TEC/SONORA: Thiego Ferreira,  gerente de estatísticas do IBGE

“Já o número de empresas e outras organizações, terminou o ano com 5,4 milhões, apresentando um crescimento no período de 195 mil unidades. O estudo também aponta que esse aumento é explicado, principalmente, pelo crescimento daquelas empresas sem empregados.”
 


LOC: Essa quantidade de novas empresas representa um crescimento de 3,7% em relação ao ano ado. Em números reais, o ano de 2020 terminou com quase 5 milhões e meio de empresas ativas no país. 

Reportagem, Isabella Macedo