
LOC.: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que o governo deve apresentar a proposta para a nova regra fiscal no mês de março. A declaração foi dada a investidores, nesta quarta-feira (15), em evento promovido pelo banco de investimentos BTG Pactual.
TEC./SONORA: Fernando Haddad, ministro da Economia
"Em março, provavelmente, nós vamos anunciar o que nós entendemos ser a regra fiscal adequada para o país. O Congresso estabeleceu [o prazo até] agosto. Nós já tínhamos puxado para abril por causa da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], mas a Simone ponderou e, com razão que, para mandar para o Congresso em abril junto com a LDO era bom ter a gente ter um período de discussão, porque eu não tenho pretensão de ser o dono da verdade".
LOC.: O Executivo tem até o dia 31 de agosto para apresentar um projeto de lei complementar que crie uma nova âncora para a política fiscal do país. A nova regra fiscal vai substituir o teto de gastos, que limita o crescimento das despesas do governo à inflação registrada no ano anterior. Os investidores estão atentos ao novo arcabouço fiscal a ser apresentado pelo governo, porque a regra indica qual será o nível de comprometimento do país com o ajuste das contas públicas.
O ministro da Fazenda também afirmou que a pasta tem trabalhado para melhorar o ambiente regulatório com o objetivo de dar mais segurança jurídica para quem quer investir no Brasil, mas criticou o atual patamar de juros.
TEC./SONORA: Fernando Haddad, ministro da Economia
"Eu acho que com 8% de taxa de juros real é difícil navegar. Melhor chamar atenção para isso [juros] do que para a meta, porque está todo mundo com meta de 3% sabendo que não vai atingir. Ninguém cumpriu meta no mundo. Quem mais se aproximou fomos nós, porque socamos a taxa de juros, mas a um custo enorme".
LOC.: Nesta quinta-feira (16), o Conselho Monetário Nacional, responsável por estabelecer as metas de inflação, reúne-se, em Brasília. O conselho é composto por Haddad, Simone Tebet, ministra do Planejamento, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Cada um com direito a um voto na definição da meta.
Reportagem, Felipe Moura