
LOC.: Os investimentos públicos realizados pelos estados brasileiros representaram mais que o dobro do aporte feito pela União em 2024, revela a 2ª edição do Boletim Fiscal dos Estados Brasileiros – uma parceria entre o Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) e o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento (Cicef). Enquanto as 27 unidades da federação investiram juntas cerca de R$ 86,6 bilhões no ano ado, o governo federal desembolsou R$ 36,5 bilhões, no mesmo período.
Em termos de PIB, os investimentos públicos das UFs foram equivalentes a 0,74% do PIB; já os recursos destinados pelo governo representaram 0,31% do PIB no período.
O boletim também abordou os efeitos da inflação e da taxa Selic em relação ao crédito e à atividade econômica. Os resultados indicam um desempenho mais equilibrado na arrecadação do ICMS entre os estados no final do ano ado, com despesas aumentando em ritmo mais moderado que em 2023. Conforme os pesquisadores, o cenário refletiu de forma positiva no resultado primário da maioria dos entes federativos.
O boletim aponta que, mesmo em um patamar elevado quando comparado aos anos anteriores, o gasto público federal teve uma contribuição negativa para o crescimento do PIB de - 0,3 p.p.. Na avaliação dos pesquisadores, o cenário pode ser justificado pelo efeito dos dispêndios com precatórios concentrados no final de 2023.
Em contrapartida, quando consideradas também as despesas dos governos estaduais, municipais e das empresas públicas, a contribuição da despesa pública para o crescimento da economia foi positiva, de 2,3 p.p..
Segundo o Comsefaz, o estudo deve ser disponibilizado em breve nos sites do Comsefaz e do Cicef.
Com informações do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, Bianca Mingote