LOC.: O Dia Mundial do Vitiligo é celebrado neste sábado, dia 25 de junho. A data foi criada em 2011 para conscientizar as pessoas sobre a doença, que afeta cerca de 1% da população mundial. O vitiligo não é contagioso, ou seja, não pode ser transmitido de pessoa para pessoa.
A principal característica do vitiligo são as manchas que surgem na pele, que aparecem por causa da perda da melanina. Não há sintomas prévios, e a doença não causa maiores problemas físicos. Por isso, a principal preocupação com esses pacientes são os efeitos e transtornos psicológicos que o preconceito pode causar.
O dermatologista Caio Cesar de Castro, assessor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, acrescenta que o paciente pode perder qualidade de vida, especialmente com a diminuição da autoestima. Ele explica que o vitiligo pode se manifestar de duas formas: o segmentar e o não-segmentar.
TEC/SONORA: Caio Cesar Silva de Castro, assessor do departamento de Biologia molecular genética e imunologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia
“O vitiligo, ele é dividido em dois grandes grupos, o vitiligo segmentar, que ele só atinge uma área unilateral do corpo, ou seja, só dum lado do corpo, né. Geralmente ele acontece em crianças, ou adolescentes, ou seja, pessoas mais jovens. Ele começa assim de repente, ele tem um um aparecimento explosivo do dia pra noite, mas ele não tem uma tendência de aumentar, né? Ele fica estável a vida inteira. Já tem o grupo que é o vitiligo não-segmentar, aquele vitiligo que pode dar no corpo inteiro. E esse é um vitiligo mais instável, né? Ele pode ficar estável anos, e depois ele pode estabilizar.”
LOC.: Ainda não se sabe o que pode causar a doença, mas 30% dos pacientes têm histórico da condição na família. O surgimento das manchas pode ser desencadeado, ou até mesmo agravado, por fatores como alterações autoimunes, exposição solar ou condições de estresse e trauma emocional. O tratamento é feito de maneira individual, uma vez que algumas pessoas podem ter mais sensibilidade na área afetada.
Reportagem, Isabella Macedo. Narração: Katrine Boaventura