
LOC.: RT-PCR, pesquisa de antígeno, investigação molecular e sorologia. Termos complicados, mas que pouco a pouco foram entrando no vocabulário cotidiano. Mas afinal, qual a diferença de cada um?
TEC./SONORA: Povo fala
“Você sabe qual é a diferença entre os testes para detecção de Covid? Sinceramente não sei. Não, não sei. Não sei. Não não sei.”
LOC.: Para a pesquisa do SARS-COV 2, mais conhecido como coronavírus, existem hoje mais de 10 testes disponíveis no Brasil. A coleta pode ser feita por amostras de sangue, da secreção nasal ou pela saliva. O que traz uma sensibilidade maior é o chamado RT-PCR que dá o resultado a partir da análise molecular. Contudo, opções mais baratas e rápidas são obtidas a partir de testes feitos pela pesquisa de antígeno, que é um pedaço do vírus que pode ser detectado pela secreção nasal ou saliva. A biomédica sanitarista especialista em microbiologia clínica, Fabiana Nunes, ressalta que a escolha varia de acordo com a disponibilidade e a finalidade:
TEC./SONORA: Fabiana Nunes, biomédica
“Para saber qual teste escolher é sempre importante que se e por uma avaliação de um profissional de saúde que vai determinar qual seria o melhor teste. Ou você saber se a pessoa quer fazer aquele teste porque ela vai viajar, porque ela vai de uma reunião no trabalho, ou porque ela vai se submeter a um procedimento eletivo como, por exemplo, uma cirurgia plástica. Qual é a finalidade do teste, né? Para gente poder escolher o melhor teste que a gente teria para aquele tipo de situação.”
LOC.: Fabiana exemplifica que em casos de contaminação em escolas ou asilos, a aplicação de testes rápidos é fundamental para controlar a disseminação da doença. O médico Luiz Roberto Giacomelli, especialista em patologia clínica, explica que as não há contraindicação para a realização dos testes e detalha a finalidade dos exames.
TEC./SONORA: Dr. Luiz Roberto Bigão Giacomelli , médico do Sabin.
“Os testes diagnósticos são indicados para esclarecer se o paciente está ou não infectado pelo vírus SARS-CoV-2. No caso da pesquisa de anticorpos, o caráter é mais epidemiológico, ou seja, de monitoramento: se o paciente teve contato com o vírus seja por uma infecção ou mesmo através da vacina que contém o vírus ou parte dele.”
LOC.: Em março os auto-testes deverão estar disponíveis nas farmácias. A nova modalidade também detecta a presença do vírus pela pesquisa de antígeno. Com ela, a pessoa que está com sintomas ou teve contato com alguém que testou positivo poderá verificar se tem o vírus por meio da coleta nasal. Os resultados saem em até 30 minutos.
Reportagem, Angélica Córdova