LOC.: A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai promover uma série de audiências públicas para debater sete pontos da reforma tributária, embora apenas a Comissão de Constituição e Justiça vá votar o texto final. O grupo que vai discutir a reforma terá a liderança do senador Efraim Filho, do União da Paraíba.
TEC./SONORA: Efraim Filho (União-PB)
"Vamos estar construindo audiências públicas para ouvir os setores produtivos, para ouvir os entes federativos e poder, a partir daí, como o presidente Pacheco disse, contribuir com o parecer do relator e, claro, aperfeiçoar o texto. Eu acho que a linha do grupo de trabalho da CAE e do Senado como um todo será buscar aperfeiçoar o texto que veio da Câmara."
LOC.: Os debates devem começar em torno do impacto do Imposto sobre Valor Agregado sobre o setor produtivo, incluindo agronegócio, comércio, indústria e serviços. Em seguida, será feita a discussão sobre os efeitos da reforma nos estados e municípios.
A simplificação proposta pela PEC, os regimes fiscais especiais, como a Zona Franca de Manaus e o Simples Nacional, e o tempo de transição entre os sistemas tributários também serão alvo das audiências públicas.
O grupo também quer debater a inclusão da alíquota de referência que vai incidir sobre os produtos e serviços já na PEC. O texto que veio da Câmara deixava essa definição para uma lei complementar, mas Efraim Filho e o senador Eduardo Braga, relator no Senado, defendem que o percentual máximo do novo imposto esteja no texto constitucional. A ideia é garantir que não haverá aumento de impostos, explica Efraim Filho.
TEC./SONORA: Efraim Filho (União-PB)
"O que as pessoas se perguntam é: 'eu vou pagar mais imposto, eu vou pagar menos imposto, nós vamos ter um sistema mais simples?'. Acho que são essas respostas que as audiências públicas irão amadurecer."
LOC.: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deseja pautar a votação da PEC ainda este ano.
Reportagem, Felipe Moura.