LOC.: O descarte irregular de lixo e entulho em lotes vagos e ruas do Distrito Federal aparece como um dos maiores desafios diante do aumento de focos e proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti. Para combater essa prática, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai aplicar multas a quem joga lixo nas ruas de maneira irregular. As punições para a população que jogar lixo nas ruas podem variar entre notificações a multas que vão até R$ 28 mil.
Para a infectologista Joana D’arc Gonçalves, as estratégias de combate à dengue exigem ações interligadas entre sociedade e governo.
TEC./SONORA: Joana D’arc Gonçalves, infectologista
“A dengue é uma doença que a gente já conhece há um bom tempo no Brasil. Com relação aos cuidados e como se prevenir a gente até sabe o que fazer agora, executar isso é o que tem sido um pouco difícil. As estratégias de combate à dengue não são centradas em um único indivíduo. São ações multidisciplinares que envolvem toda a sociedade e os órgãos de governo e também a iniciativa privada. Porque cada um tem seu papel tanto na parte educativa quanto na parte de fiscalização”.
LOC.: Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), 7.782 casos suspeitos de dengue foram notificados na capital este ano. Destes, 7.614 eram casos prováveis. A infectologista ainda destaca que o trabalho de conscientização e prevenção contra a dengue é contínuo e não pode ser interrompido.
TEC./SONORA: Joana D’arc Gonçalves, infectologista
“A gente não pode deixar para fazer as ações de combate à dengue somente quando está chovendo, quando a gente tem os surtos. É um trabalho ininterrupto, porque se eu faço toda a coleta adequada dos resíduos, a fiscalização na época de seca, se eu fiscalizo os terrenos onde tem a possibilidade de proliferação do vetor. Se as medidas de vigilância funcionam na seca, na chuva, a gente não vai ter dengue. Então é esse monitoramento, ele é permanente.”
LOC.: Ainda conforme o boletim da Secretaria de Saúde. as regiões istrativas que apresentaram os maiores números de casos prováveis foram: Ceilândia (1.855), seguida de Samambaia (521 casos prováveis), Sol Nascente/Por do Sol (496 casos), Brazlândia (476 casos prováveis) e Taguatinga (327 casos prováveis).
Reportagem, Landara Lima