LOC.: A falta de políticas públicas para apoio e valorização da indústria nacional contribuiu para o baixo crescimento econômico do Brasil nos últimos anos. O alerta é do vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, Leonardo de Castro, durante o Seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”.
Para ele, a nova política industrial, chamada de Nova Indústria Brasil, a NIB, pode trazer crescimento econômico e bem-estar para a população, mas depende da união de forças entre governo, indústria e academia, além da priorização de políticas verdes.
TEC./SONORA: Leonardo de Castro, vice-presidente da Confederação Nacional da CNI
“A NIB vem preencher essa lacuna com um projeto que parte das demandas atuais da sociedade brasileira e mobiliza a indústria a buscar soluções para esses desafios. Portanto, o momento é de unir forças no governo, no setor empresarial e na academia para implementarmos uma política industrial que promova efetivamente o crescimento econômico e o bem-estar da população.”
LOC.: Na ocasião, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, cumprimentou o diálogo da CNI, como sociedade civil, e disse que não há como o Brasil crescer sem valorizar a própria indústria.
TEC./SONORA: Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
“Sociedade civil organizada faz diferença. Então é importante ter sociedade civil organizada, diálogo e debate. Quem ouve mais erra menos. Não tem desenvolvimento social, econômico, ganho de renda, salários de melhor valor se não tiver indústria. A indústria agrega valor e ela está na ponta da vanguarda tecnológica.”
LOC.: Atualmente, 83,7% da energia do país é proveniente de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 29%. Para o vice-presidente da CNI, Leonardo de Castro, a nova política industrial deve considerar a produção de energia verde como uma vantagem competitiva.
TEC./SONORA: Leonardo de Castro, vice-presidente da Confederação Nacional da CNI
“Devemos trabalhar para usar as fontes renováveis como uma importante vantagem competitiva. Por meio da biotecnologia e da descarbonização de processos produtivos, será possível agregar mais valor à produção de setores. Além da crescente oferta de energia eólica, solar e de outras fontes renováveis, o Brasil tem projetos ambiciosos para a produção de hidrogênio de baixo carbono.”
LOC.: Também presente no Seminário da CNI, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan, disse que o governo reconhece a importância da indústria para o crescimento econômico do país e tem investido na descarbonização da economia, na modernização do maquinário industrial e no hidrogênio verde.
Reportagem, Paloma Custódio