LOC.: Um levantamento feito pelo Movimento Antene-se em todas as capitais brasileiras elegeu a cidade com a lei municipal mais alinhada aos dispositivos federais que tratam de infraestrutura de telecomunicações necessárias para o funcionamento do 5G. Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ficou em primeiro lugar no ranking, seguida por Florianópolis, Rio Branco, Porto Alegre e João Pessoa.
Em termos de avanço tecnológico, isso significa mais facilidade na expansão da tecnologia 5G e na ampliação da quarta geração de internet móvel, o 4G, o que também exige instalação de mais antenas. A implantação das chamadas Cidades Inteligentes também depende do aumento da conectividade.
O presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações, Luciano Stutz, explica que há um histórico negativo de instalação de antenas em cidades brasileiras e que existe a necessidade de modernização das leis municipais.
TEC./SONORA: Luciano Stutz, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações.
“Quando olhamos como chegamos até aqui, chegamos com histórico reprimido de antenas por conta das leis ruins que várias cidades tinham, que não deixavam botar mais antenas também de 4G no ado. Esse alinhamento com a lei federal torna a cidade mais amiga para receber também as antenas de 4G. Não tenho dúvida que as cidades se beneficiam também na cobertura existente quando atualizam suas legislações de antenas.”
LOC.: A quinta geração de internet móvel tende a melhorar diferentes setores, já que permite conexão simultânea de, aproximadamente, um milhão de dispositivos por metro quadrado. No segmento da indústria 4.0, por exemplo, o 5G vai permitir muitas mudanças, como explica o diretor de Engenharia da TIM Brasil, Homero Salum.
TEC./SONORA: Homero Salum, diretor de engenharia da TIM Brasil.
“Com conexões melhores e mais rápidas, o 5G é capaz de conectar máquinas, objetos, coisas e pessoas. Por isso, é chamada a tecnologia do futuro. Essas características vão impactar o Brasil em inúmeros segmentos da indústria, do setor de serviços, do agronegócio e até mesmo as rotinas das pessoas dentro das casas. Na indústria, que vai gerar máquinas e equipamentos para toda essa conectividade, o impacto será revolucionário.”
LOC.: Segundo o levantamento do movimento Antene-se, Palmas, Porto Velho, Cuiabá, Salvador, Macapá e Maceió não tinham feito a atualização das leis municipais. Esses locais podem ter problemas na densificação do sinal do 5G. Algumas das capitais, como é o caso de Palmas e Porto Velho, já possuem projetos de lei nos Legislativos locais para atualização das leis que tratam de telecomunicações.
Reportagem, Thiago Marcolini